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NOSSAS ATIVIDADES

 

A pesquisa avaliou crianças de 4 anos de idade em linguagem e comportamentos, para, em seguida, intervir e reavaliar ao final



O projeto  teve por objetivo  detectar  e intervir  nas dificuldades de linguagem e de comportamento em crianças de quatro anos, regularmente matriculadas nas escolas de educação infantil da Rede Municipal de Santos de forma a sinalizar potenciais problemas na aquisição de competências acadêmicas e sociais que poderão trazer prejuízos no ensino fundamental. Nesta pesquisa,  180 crianças participaram  do projeto e foram avaliadas em linguagem. Da mesma forma, os pais dessas crianças responderam a um questionário sobre comportamentos.  Das 180 crianças inicialmente avaliadas, apenas 90 foram submetidas à intervenção para o desenvolvimento  e aprimoramento de linguagem e manejo de comportamentos-problema, por meio de atividades lúdicas, assim como, atividades desenvolvidas em aplicativos para uso em tablets e orientações fornecidas a seus pais e professores por uma equipe de profissionais composta por educadores com formações em outras áreas do conhecimento.   As outras 90 crianças restantes fizeram parte de um grupo chamado de grupo-controle, que foi avaliado no começo e  ao final da pesquisa e que serviu como um grupo de comparação com as outras crianças que foram submetidas à intervenção.  Ao final, e a partir da verificação da eficácia do programa de intervenção utilizado, poderá haver a possibilidade de adoção desse programa como uma política pública de educação do município de Santos.  

Avaliação

 

O que avaliamos

Para a avaliação em linguagem e comportamentos das crianças participantes da pesquisa, utilizou-se alguns testes validados. No que se refere à linguagem, as crianças foram avaliadas em processamento auditivo central e vocabulário receptivo e expressivo.

O processamento auditivo central refere-se aos mecanismos e processos realizados pelo sistema auditivo  para a realização da localização e discriminação sonora, reconhecimento auditivo, alguns aspectos temporais da audição como resolução e sequência temporal. 

O vocabulário expressivo refere-se às palavras que a criança é capaz de produzir. O vocabulário receptivo refere-se às palavras que a criança é capaz de compreender.

Além disso, os pais responderam a um questionário que avalia comportamentos.



 

Instrumentos utilizados

Para a avaliação do processamento auditivo central, utilizou-se a Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (PEREIRA & SCHOCHAT, 1997). Para a avaliação dos vocabulários receptivo e expressivo, utilizou-se o Teste de Vocabulário Receptivo - TVAud-A33o (CAPOVILLA, NEGRÃO, DAMÁZIO, 2011) e o  Teste de Vocabulário Expressivo – TVExp-100r (CAPOVILLA, NEGRÃO e DAMÁZIO, 2011).

 

Ligue:

(13) 32254222

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Intervenção
​A intervenção foi realizada na própria escola, em horário escolar, na própria sala de aula por uma dupla de profissionais da equipe multidisciplinar com a participação e apoio do professor titular. Ainda nessa mesma fase, pais e professores receberam orientações quanto ao manejo de comportamentos-problema.
 

A intervenção teve a duração de três meses, em que atividades diversificadas com enfoque tanto no desenvolvimento e aprimoramento de competências linguísticas  quanto atividades para o  desenvolvimento de habilidades sociais e de controle de ansiedade e agressividade foram usadas. Essas atividades

foram inspiradas em programas para o desenvolvimento de competências linguísticas desenvolvidos por outros autores e programas de outros governos (ARMBRUSTER, LEHR E

OSBRON, 2006; NATIONAL INSTITUTE FOR LITERACY, 2006; U.S. DEPARTMENT OF EDUCATION, 2007). Para tal, as profissionais da equipe multidisciplinar utilizaram tablets em substituição ao costumeiro material gráfico como livros, cadernos e apostilas. A escolha pelos tablets implica em uma opção pela otimização do uso de recursos, levando-se em conta a diversidade de programas e possibilidades oferecidas pelos programas aplicativos utilizados e pelas funcionalidades

oferecidas por esses dispositivos. Além das atividades desenvolvidas nos tablets, jogos com material concreto também foram utilizados. Assim, as atividades desenvolvidas com tablets ou material concreto eram intercaladas semanalmente nas duas escolas onde houve a intervenção pelo período de três meses.

 

Escolas controle: o que ganharam?

Em resposta à colaboração das duas escolas controle, o grupo de pesquisadoras, atendendo à sugestão do comitê de ética da Fapesp, propuseram aplicar as atividades utilizadas na intervenção da pesquisa nessas escolas. esta ação teve como impulsionamento os benefícios às crianças, pois conforme os resultados obtidos ao fim da pesquisa, as crianças participantes do processo obtiveram ganhos no desenvolvimento da linguagem e mudanças  no comportamento significativos. 

Desta vez, livres das regras da pesquisa, as atividades foram aplicadas pelas próprias professoras, mediante orientação e assessoria técnica-pedagógica da equipe condutora da pesquisa, semanalmente. 

As professoras envolvidas na proposta mostraram-se, a princípio, desconfiadas, mas aos poucos com os bons resultados e mudanças percebidas no dia a dia, entusiasmaram-se e inseriram as atividades em suas práticas educativas.

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Pós-intervenção

No período de pós-intervenção, os alunos de todas as quatro escolas foram reavaliados com todos os instrumentos utilizados no período de pré-intervenção, de tal sorte que os resultados entre o grupo experimental e controle foram comparados  para analisar se as crianças do grupo experimental apresentaram resultados muito melhores do que as do grupo controle, tais resultados terão sido fruto da intervenção desenvolvida. Desta forma, esses resultados apontarão para uma nova proposta de avaliação e intervenção nas habilidades de linguagem e em comportamentos em crianças em idade precoce com o apoio de uma equipe de profissionais com  formações em Fonoaudiologia, Psicologia, especialização em Psicopedagogia e Uso das Novas Tecnologias de Informação.​

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